"Adamastor cruel!... De teus furores
Quantas vezes me lembro horrorizado!
Ó monstro! Quantas vezes tens tragado
Do soberbo Oriente dos domadores! Parece-me que entregue a vis traidores
Estou vendo Sepúlveda afamado,
Com a esposa, e com os filhinhos abraçado
Qual Mavorte com Vénus e os Amores. Parece-me que vejo o triste esposo,
Perdida a tenra prole e a bela dama,
Às garras dos leões correr furioso. Bem te vingaste em nós do afouto Gama!
Pelos nossos desastres és famoso:
Maldito Adamastor! Maldita fama!"
Canto V ( Os Lusíadas )
Imaginário
Na Antiguidade Clássica, Cláudio Ptolomeu foi o mais famoso dos cosmógrafos. Na Astronomia colocou a Terra no centro do Universo. Na Geografia prolongou a Ásia e a África até à Terra Austral, convertendo o Índico em mar interior. Durante 14 séculos ninguém contestou o seu sistema. Mas no século XV d.C., ali na proa da Europa, D.João II, el-Rei de Portugal, atreve-se a duvidar da geografia de Ptolomeu. Em 1487 o monarca resolve tirar a limpo algumas das suas dúvidas. Manda que, Bartolomeu Dias, navegador e seu escudeiro, saiba da navegabilidade do Índico verifique se a África está, ou não, ligada à Terra Austral. Ou seja: se por mar é, ou não, possível contornar a África para alcançar a Índia. Em fins de Agosto de 1487 Bartolomeu Dias, larga de Lisboa. Chuva, tempestade, tormenta... Durante 13 dias, são fustigados e assoprados talvez para 40 graus de latitude Sul. Os barcos são pequenos, o ar e o mar são muito frios, os marinheiros não conseguem dominar as velas e todos já se dão por mortos. Bartolomeu manda então rumar para norte. Concluem que já estão a singrar pelo Índico, não mais pelo Atlântico. Tocados pela tormenta, sem darem por isso tinham dobrado o extremo sul da África, descobrindo assim o caminho marítimo para a Índia. Bartolomeu manda inverter o rumo. Mais à frente avistam o cabo do fim da África, o Tormentoso. Mar calmo e tempo claro. “Tormentoso, mas porquê, se a tormenta já lá vai?” pergunta Bartolomeu. “Assinalas o caminho para a Índia, por isso vou chamar-te da Boa Esperança...” O caminheiro é um peregrino em busca do Mundo Novo, o seu lema é servir e a sua felicidade passa por fazer felizes os outros. Os descobrimentos marítimos, trouxeram novos mundos ao Mundo. Através de Bartolomeu Dias que enfrentou o mar tenebroso e venceu o monstro devorador de embarcações, por mares nunca dantes navegados. Nós, caminheiros, vamos ser os marinheiros de Bartolomeu Dias, caminhando na nossa fé, vamos enfrentar as tormentas e levar um Mundo Novo ao mundo. Armanda Silva Sábado 28/04/2012 08.00H Recepção/Montagem de Campo 11.30H Abertura Oficial de Campo 12.00H Conselho de Chefes de Tribos 12.30H Caminhada “Das Tormentas á Boa Esperança” * 18.00H Encontro Geral de Reflexão/Ateliers 20.00H Jantar 21.30H Festa dos Navegadores 23.00H Caminhada “ A Ilha dos Amores” Domingo 29/04/2012 08.00H Alvorada/ Peq. Almoço 09.30H Conselho de Chefes de Tribos 10.00H Pegada Espiritual/ Serviço 11.30H Ateliers/ Almoço 14.00H Caminhada da Partilha 16.00H Eucaristia 17.30H Encerramento *Almoço e lanche volante para sábado. Varas individuais, 1 par luvas trabalho individual., rolo sisal, colete refletor (2unid.), tubo de cola, tesoura, fita-cola, marcadores. Ferramentas para trabalhar madeira (máq.queimar, formões, marretas, mini-serra, faca de mato). Trajes para a Festa dos Navegadores - Como marinheiros da época.
TOTEM – Trazer um estandarte alusivo ao Imaginário decorado pelas tribos com as medidas; Varão - altura máxima 3.00M (mín.2.50M) Estandarte - altura 1.50M x largura 1.00M O Fogo de Concelho, com tema alusivo ao Imaginário, será realizado por agrupamento. As tribos podem vir sem chefes. |
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